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terça-feira, 28 de maio de 2013

Quando o parkinson é a manchete

     Admiro ainda mais minha profissão pós-diagnóstico de parkinson. Pode parecer estranho, mas estava com uma notícia nas mãos e nós jornalistas sabemos que não devemos sentar em cima da notícia. Depois do quadro definido eu passei a me utilizar da experiência como repórter e dei  início à coleta de dados.Montei o meu quadro e não abri mão de identificar o meu perfil. No início não usei muito a internet, o que significa dizer que explorava demais meu neurologista. Hoje suporto as limitações, as dores, o enrijecimento, sempre com a sede de me envolver cada vez mais. Acostumada a olhar com amplitude as situações que se apresentam, com o parkinson não foi diferente. A convivência com meus iguais me deu o conforto que precisava. O mecanismo de defesa de cada um é diferente, mas algo todos temos em comum: a dignidade. Este perfil pertence a todos que enfrentam a cada dia, faça chuva, faça sol, as dores, os rancores e os despudores da doença.

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